O desenvolvimento de projetos e ações educativas inovadoras, cuja apresentação é o objetivo principal do Espaço Educar e Empreender da Secretaria Municipal de Educação, demanda tempo e dedicação dos docentes. Conceituar, planejar, executar e concluir são passos necessários para uma ideia alcançar o sucesso pedagógico esperado.

A coordenação do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria se fez presente no Park Hotel Morotin na manhã desta quarta-feira (19) para reivindicar junto à Prefeitura Municipal o cumprimento da Lei do Piso Nacional no que se refere à distribuição da carga horária do magistério: dois terços em sala de aula, um terço como hora-atividade. “As colegas que aqui estão, com seus alunos e projetos admiráveis, trabalharam além do que estabelece a sua jornada para que eles saíssem do papel. É necessário reconhecer o seu esforço, mas também apontar que isso é injusto. É direito dos professores ter tempo dentro da sua carga horária para as atividades extraclasse”, destaca a coordenadora de Finanças do Sinprosm, Marta Hammel. Ela e a professora Juliana Moreira, coordenadora de Organização e Patrimônio, fizeram parte do grupo de trabalho que elaborou o projeto pedagógico da hora-atividade entregue em julho ao prefeito Jorge Pozzobom. Desde então, nenhum avanço foi comunicado à entidade docente, apesar de afirmativas da gestão municipal de que ajustes internos estão em andamento, relativos à gestão de pessoas e finanças.

Materiais de divulgação, esclarecendo sobre o direito á hora-atividade, estarão sendo distribuídos no local até a sexta-feira (21), quando se encerra o evento.

ORÇAMENTO

No primeiro semestre, houve a garantia da SMEd de que um projeto-piloto sobre a hora-atividade estaria em gestação para ser testado no segundo semestre, o que não se confirmou. Para 2023, a reformulação da carga-horária, com os investimentos em pessoal e estrutura, deve estar prevista na Lei Orçamentária Anual. A coordenação do Sinprosm estará acompanhando a tramitação do projeto da LOA na Câmara de Vereadores e participou, nesta terça-feira (18), da audiência pública organizada pela gestão municipal no Hotel Itaimbé para a apresentação do projeto. “Levamos algumas questões e pedimos explicações, porque não ficou claro onde a hora-atividade está no orçamento. Infelizmente soubemos da audiência na última hora, com quase inexistente divulgação, senão mais colegas poderiam participar e levar a sua contribuição”, destaca Juliana Moreira.