Sinprosm pede retratação pública a vereador por prejuízos à imagem de professora
O Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria encaminhou pedido de retratação pública ao vereador João Chaves (PSDB) por manifestação na Câmara de Vereadores no dia 4 de dezembro. Na ocasião, enquanto debatia-se moção de apoio ao projeto Escola Sem Partido, o vereador apontou a EMEF Reverendo Alfredo Winderlich como exemplo de escola que promovia doutrinação ideológica.
Segundo palavras proferidas pelo mesmo na tribuna, “uma professora do 4º ano fazia lavagem cerebral nos alunos para não votar em Bolsonaro”, configurando, na sua opinião, uma conduta “vergonhosa”.
O pedido de retratação baseia-se no fato de que as afirmações são inverídicas. Ocorre que um episódio ocorrido em sala de aula no período anterior ao primeiro turno das eleições mereceu atenção da equipe diretiva, sendo, no entanto, totalmente esclarecido entre a professora Carolina Lemos, direção, alunos e famílias. Os acontecimentos estão relatados nos documentos anexos ao pedido de retratação entregue ao vereador, confirmando que não houve qualquer comentário opinativo referente à disputa eleitoral ou com objetivo de “fazer lavagem cerebral”, como refere João Chaves.
Por não haver amparo na realidade e ter abalado a imagem da instituição e da professora, a representação sindical e a EMEF Reverendo Alfredo Winderlich, através da assessoria jurídica do Escritório Wagner Advogados Associados, consideram justa e necessária a retratação do vereador, de forma a se corrigir os prejuízos causados por tal afirmação. “Episódios como esse, quando colegas e escolas são expostos com base em relatos errôneos, não podem ser considerados normais. A categoria não se deixará intimidar por tentativas de censura, venham de onde vierem”, pontua Martha Najar, coordenadora de Organização e Patrimônio do Sinprosm.
Texto: Paulo André Dutra/Sinprosm