Relato (e orientações) sobre reunião com a SMEd em 20 de fevereiro
A coordenação sindical levou à gestão da Secretaria Municipal de Educação, nesta terça-feira (20) algumas preocupações do próprio grupo, ao analisar as instruções normativas publicadas neste início de ano letivo, e outras trazidas por colegas a partir do que vem sendo praticado e discutido nas escolas.
Realizado na EduTech, no Mercado da Vila Belga, participaram do encontro com a secretária Lúcia Madruga, Simone Freo (superintendente de Gestão de Pessoas), Maritê Neocatto (coordenadora do NTEM), Joele Baumart (coordenadora do EduTech) e Carine Binsfeld (setor pedagógico), as coordenadoras do Sinprosm Juliana Moreira (Organização e Patrimônio), Deise da Silva (Educação Infantil), Lenir Keller (Escolas do Campo) e Marta Hammel (Finanças).
SISTEMA
“Como teremos tempo de usar o novo sistema?”, foi a primeira pergunta da professora Juliana Moreira. A estranheza com a mudança nos processos, a sobrecarga e a falta de tempo (hora-atividade) para a grande maioria utilizar e se aprofundar nas suas ferramentas foram expressas pela coordenação sindical. Foi sugerido que se promova treinamentos permanentes até que seja possível haver exigência efetiva do seu uso.
Segundo a gestão, esta fase inicial será de conhecimento, dentro de um método que deve ir sendo ajustado enquanto os professores vão se adaptando gradualmente à utilização. Baseado em processo ocorrido na UFSM, a informatização “não tem volta”, afirmou a secretária.
Em resposta ao questionamento sobre a cedência de chromebooks a professores de planejamento e contratados, houve a confirmação de que todos receberão a sua unidade. Quanto à dificuldade de conectividade em algumas escolas, todas devem estar adequadas e, em caso de problemas, informa-se à SMEd.
Necessário ser destacado a professores regentes e equipes diretivas: a alimentação do sistema deve ocorrer dentro da escola, durante a jornada cotidiana de trabalho. Ele irá substituir o papel na burocracia escolar. Retrabalho deve ser evitado, como fazer chamada no papel para depois passar ao sistema.
HORA-ATIVIDADE, NOMEAÇÕES E CONCURSO
Gradualmente se chegará a um terço da carga horária, garantiu a secretária. Cada escola fará o seu “desenho” para a hora-atividade, a partir do que a escola já consegue com o atual quadro. Muitas não dispõem de equipe para tanto, então ainda não conseguem avançar com o planejamento.
As direções devem encaminhar a necessidade de recursos humanos, que serão contratados conforme a possibilidade. Informaram que já existem professores temporários especificamente para o planejamento, e os editais nomeando por contrato tem sido publicado toda a semana.
As nomeações do banco de concursados para professores de Educação Especial e de Língua Espanhola serão efetivadas paulatinamente. “Não é possível chamar todo mundo ao mesmo tempo, senão vamos estourar a folha”.
O novo concurso público está tramitando internamente, já encaminhado pela SMEd aos demais setores da Prefeitura pra análise, como as secretarias de Finanças e Gestão de Pessoas. Expectativa de realização ainda este ano.
Existe um estudo em andamento para a criação de novos cargos de professores para o quadro efetivo, “talvez 500”. Atualmente o limite é de 1.700 matrículas.
INSTRUÇÕES NORMATIVAS
Apontamentos da coordenação sobre a falta de clareza na orientação da primeira instrução normativa com a distribuição de períodos motivou a publicação, já na tarde de terça-feira, de retificação no documento. Trazidos por diferentes colegas, a evidente dificuldade de padronização na organização das escolas derivou da explicação confusa sobre a relação hora-aula/hora-relógio.
Desta forma, ficou claro que as matrículas de 20 horas semanais não podem ser distribuídas em 18 períodos de 45 minutos, mas sim em 16 períodos, com as horas-aulas não ultrapassando as 13 horas-relógio semanais, reservando as 7 horas restantes para a hora-atividade. Os recreios estão contabilizados como atividade pedagógica para professores e alunos, portanto dentro da carga-horária letiva.
Importante frisar que essas são diretrizes transitórias, a serem implementadas gradativamente. Na falta de professores para a adoção do modelo com cinco períodos, não é necessária uma transição forçada, causando sobrecarga ao grupo. Suprir a demanda de pessoal (quando encaminhada pela direção da escola) cabe exclusivamente à mantenedora.
Uma comissão de avaliação será formada, com a participação do Sinprosm. É fundamental que colegas que estejam se sentindo pressionados ou sobrecarregados entrem em contato com o seu sindicato, a fim de tentarmos buscar soluções conjuntamente.