Relato de reunião com a SMED sobre hora-atividade
Na sexta-feira (17), a coordenação do Sinprosm esteve reunida com a equipe da Secretaria Municipal de Educação para tratar de hora-atividade. O encontro havia sido acertado antes do recesso de fim de ano, quando a entidade apresentou suas pautas prioritárias para 2023.
Representaram a entidade sindical as professoras Deise da Silva (coordenadora de Educação Infantil), Vera do Monte (Professores Aposentados), Lenir Keller (Escolas Rurais), Marta Hammel (Finanças) e Juliana Moreira (Organização e Patrimônio), além do assessor jurídico Giorgio Forgiarini. Pela SMEd, estiverem presentes a secretária Lúcia Madruga, a superintendente de Gestão de Pessoas Solaine Masierier, a assessora de assuntos interinstitucionais Solange Mainardi e a coordenadora da educação infantil Silviane Sathres. Estava agendada a presença do consultor Carlos Sanches, o que não ocorreu.
A nova meta para a implantação da hora-atividade é o segundo semestre de 2023. Mesmo que não haja como projetar sem falar em alterações no plano de carreira, não há tempo para se maturar mudanças profundas no restante do atual governo, garantiu a secretária Lúcia Madruga. Em havendo, devem ser pontuais. Segundo ela, os municípios menores em que a hora-atividade foi instituída fizeram mudanças significativas na carreira do magistério, mas esses não devem servir de referência para Santa Maria.
A gestora afirma que o formato em estudo deve ser inédito no país, em que podem coexistir arranjos com contratos temporários, projetos em parceria com universidades e aproveitamento de professores do quadro. Para funcionar a pleno, o número mínimo estimado pela SMEd é de 400 professores. Algumas iniciativas para isto já estão em andamento, como a elaboração dos editais de fomento para a contratação de instituições de ensino superior. Em outro sentido, há uma pesquisa quantitativa para mapear a variedade de formações e especializações dos professores da rede, de forma a aproveitar os recursos humanos capacitados nas áreas afins que se dispuserem a trabalhar com planejamento.
O currículo dos anos iniciais está em estudo para inclusão de artes, inglês, espanhol, estudos computacionais, educação física, dentre outras, de forma que a hora-atividade venha para qualificar a aprendizagem, e não a parar. Segundo Solaine, para isso será necessário trabalhar o conceito de hora-atividade nas comunidades e com os próprios professores.
Alguns questionamentos foram feitos pelo Sinprosm. Os representantes solicitaram a planificação da implantação da hora-atividade, a fim de entender como tem avançado na rede e dar respostas à categoria, ainda descrente pela falta de fatos concretos. Sabe-se que os anos finais tem 20% de hora-atividade, mas que os demais níveis têm pouco ou nada. Segundo a SMEd, há o consenso sobre a priorização da educação infantil. O limitado espaço físico em algumas escolas, necessário para estudos e formações, também foi motivo de preocupação do sindicato. A SMEd afirma que existe a ideia da criação de um centro de estudos e ateliês de troca de informações.