Prefeitura não apresenta índice de reajuste salarial aos professores
O Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria esteve reunido com a administração municipal no final da manhã desta sexta-feira (26). Resultado: nada de novo.
A coordenação do Sinprosm, representado pelas coordenadoras Juliana Moreira (Finanças), Vera do Monte (Aposentados) e Martha Najar (Organização e Patrimônio), apresentou ao prefeito Jorge Pozzobom, secretários Mateus Frozza (Finanças) e Marco Mascarenhas (Gestão e Modernização Administrativa) e a vereadora Lucia Duartes – Tia da Moto (PDT) as pautas elencadas pela categoria: equiparação do salário básico com o piso nacional, reajuste do auxílio-alimentação, falta de professores e horário de planejamento.
“PRUDÊNCIA”
A tranquila situação fiscal da Prefeitura, certificada pelo Tribunal de Contas do Estado na certidão do dia 16 de abril, foi confirmada pelo secretário Frozza. Segundo ele, apesar da “situação relativamente confortável”, os números não traduzem a real situação econômica do município. Indica fatores do contexto econômico como decisivos para a “prudência e responsabilidade na gestão”.
FALTA DE PROFESSORES
Mascarenhas sugere que são “situações pontuais”, apesar do contínuo chamamento de novos professores. O Sinprosm defende que não há aumento significativo de matrículas de alunos na rede, vindos das escolas estaduais ou particulares, e que os novos professores aprovados em concurso apenas repõem vagas abertas com aposentadorias e afastamentos.
ESTUDO
Os secretários demonstraram interesse no estudo divulgado pelo Sinprosm sobre as perdas históricas e a diferença para o piso nacional. A categoria reivindica 15,9% de reajuste no básico, equiparando-o ao piso nacional da categoria, de forma a recuperar parte das perdas históricas. O salário dos professores atualmente é 31,65% menor que o valor pago no primeiro plano de carreira, em abril de 1989.
PLANEJAMENTO
Pozzobom questionou sobre o andamento do grupo de trabalho para tratar da carga horária para atividades extraclasse, direito estabelecido pela Lei do Piso Nacional do Magistério. Indicou que o assunto deve continuar a ser tratado diretamente com a Secretaria Municipal de Educação.
AVALIAÇÃO
“Os guris vão continuar o estudo para o reajuste dos salários e do auxílio-alimentação”, confirmou Pozzobom, que questionou a vereadora Luci Duartes sobre o reajuste do benefício definido pela Câmara de Vereadores e a possibilidade da casa não devolver verbas ao Executivo ao final do ano orçamentário.
Diante da inexistência de um índice de reajuste, o Sinprosm entende que a reunião é reflexo da movimentação da categoria. “Como vínhamos dizendo, o governo está apenas reagindo à nossa mobilização. A falta de novidades e as diversas explicações demonstram muito bem essa situação”, conclui Martha Najar.
MOBILIZAÇÃO
O Sinprosm definiu na assembleia da última quarta-feira (24) a adesão à Greve Nacional da Educação contra a Reforma da Previdência. A paralisação será no dia 15 de maio, com dois momentos. Pela manhã, com a reivindicação da valorização do magistério municipal, plano de saúde, planejamento e contra a falta de professores, com concentração às 9 horas. À tarde, o movimento unificado terá a pauta nacional do desmonte da aposentadoria como foco.
Texto e foto: Paulo André Dutra/Sinprosm