GZH: Vacinação de professores no RS deve começar pela Educação Infantil
Da coluna da Rosane de Oliveira
O esquema para avacinação de professores, a ser aplicado no Rio Grande do Sul caso o governo do Estado consiga a liminar solicitada ao Supremo Tribunal Federal (STF), está sendo discutido na tarde desta segunda-feira (19) no gabinete de crise. A proposta da Coordenadoria de Vigilância em Saúde é começar pelos professores da Educação Infantil, em ordem decrescente de idade, sem interromper a vacinação do grupo de pessoas com comorbidades, que será imunizado depois das pessoas com mais de 60 anos.
A ideia é separar, de cada novo lote recebido, uma parte das vacinas para os profissionais da Educação, sem prejudicar as pessoas com doenças preexistentes. Depois da Educação Infantil, viriam os professores das séries iniciais do Ensino Fundamental.
Cálculos preliminares indicam que em todo o Rio Grande do Sul são cerca de 200 mil trabalhadores na educação, incluindo professores em atividade e servidores das redes pública e privada de ensino.
O Rio Grande do Sul espera conseguir a liminar para não atropelar o plano de vacinação do Ministério da Saúde, como fizeram alguns prefeitos e governadores. O primeiro despacho do ministro Ricardo Lewandowski, relator da ação movida pelo governo gaúcho para antecipar a vacinação de professores, leva o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, a acreditar que ele dará a liminar solicitada na quinta-feira passada.
Lewandowski não concedeu nem negou a liminar solicitada na Arguição por Descumprimento de Preceito Fundamental. Em vez disso, pediu “prévias informações” ao Ministério da Saúde.
No despacho, o ministro escreveu: “Desse modo, considerando a importância da matéria e a emergência de saúde pública decorrente do surto do coronavírus, solicitem-se prévias informações”. Traduzindo, a demanda do Rio Grande do Sul, que tem 41 páginas, será encaminhada ao Ministério da Saúde para que se manifeste antes da decisão de Lewandowski.