Diário de SM: Mais de 40 mil alunos voltam às aulas nesta segunda-feira em Santa Maria
* Por Caroline Souza. Foto: Beto Albert/Diário de Santa Maria
Após o período de férias, é hora de os estudantes voltarem às aulas em Santa Maria. Nesta segunda-feira (19), cerca de 20 mil alunos iniciam o ano letivo de 2024 na rede municipal e aproximadamente 14 mil na rede estadual. Já na rede privada, são mais de 6 mil voltando às salas de aula. Entre as expectativas da comunidade escolar estão o reforço no quadro de professores e o início das atividades em instituições inauguradas recentemente.
Município
Conforme a prefeitura de Santa Maria, a rede municipal de ensino conta com 83 escolas preparadas para receber cerca de 20 mil alunos. Desses, aproximadamente 6 mil são da Educação Infantil e 14 mil do Ensino Fundamental.
No primeiro nível, o ano começará com a ocupação de novas unidades de ensino que foram entregues pelo município em 2023: Circe Terezinha da Rocha, no Bairro Diácono João Luiz Pozzobon, Giana Grassi Didonet, no Bairro Nova Santa Marta, e Monte Bello, no Bairro Camobi. Juntas, as novas escolas ofertam cerca de 400 vagas neste ano.
– O ano letivo de 2024 inicia-se com a comemoração de muitas conquistas de 2023. Foram muitas entregas que irão repercutir no trabalho deste ano: os uniformes, as novas escolas de educação infantil, o sistema de gestão, o espaço Edutech, as escolas reconstruídas e com novas sedes, a ampliação do turno integral, a contratação dos professores temporários, a nova Lei de Gestão Democrática, dentre outros – destaca a secretária de Educação, Lúcia Madruga.
Para atender aos alunos, 1,4 mil professores atuarão nas escolas municipais. A expectativa da categoria, representada pelo Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm), é de que o chamamento de novos profissionais selecionados no processo seletivo emergencial que disponibilizou 518 vagas no ano passado, contribua para minimizar o problema de falta de professores.
Outra expectativa dos educadores se dá em relação ao cumprimento de pontos da Lei do Piso Nacional que trata, além da questão salarial, da distribuição da carga-horária dos professores. A jornada de trabalho deve ser dois terços dedicada à sala de aula, na interação com alunos, e um terço reservada para atividades extraclasse, como planejamento, formações pedagógicas, reuniões, atendimento a famílias, correção de avaliações, etc.
– Essa lei é cumprida parcialmente em Santa Maria. Nos anos finais com apenas 20% da carga horária dos professores, nos anos iniciais apenas algumas escolas e na educação infantil nenhuma. Essa questão já vem sendo dialogada há bastante tempo com o município, mas ainda não é muito clara como vai se dar essa implementação – afirma a coordenadora de Organização e Patrimônio do Sinprosm, Juliana Moreira.
Estado
Na rede estadual de ensino de Santa Maria, 14,4 mil alunos também iniciam as aulas nesta segunda-feira. No total, são 40 escolas que receberão 5,4 mil estudantes do Ensino Fundamental e 8 mil do Ensino Médio. Outros 945 alunos que fazem parte da Educação para Jovens e Adultos (EJA) e Educação Profissional também iniciam as atividades.
Entre os projetos de destaque para o ano letivo está a ampliação da oferta de ensino em turno integral no município. Em 2024, quatro novas escolas passarão a funcionar desse modo: Escola Básica Estadual Cícero Barreto, Instituto Estadual Padre Caetano, Colégio Estadual Padre Rômulo Zanchi e Escola Estadual de Ensino Médio Professora Maria Rocha. Com a inclusão, Santa Maria passa a contar com 15 instituições que oferecem atividades em tempo integral para os alunos.
– Nossa coordenadoria tem avançado bastante nessa política que busca qualificar os espaços pedagógicos. Nesse modelo, os estudantes chegam às 7h30min e saem às 17h30min na escola, e contam 1,5 mil horas de atividades por ano. É um método que possibilitará o protagonismo do estudante ao inserir questões como tecnologias digitais, mundo do trabalho, projeto de vida, além de toda a formação geral básica – explica o titular da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), José Luis Eggres.
Sobre a implementação do projeto, o Cpers, sindicato que representa os profissionais da rede estadual de educação, defende que haja uma melhoria da infraestrutura das escolas para que seja possível executar as atividades propostas.
– Entre as nossas preocupações está a falta de investimentos nas estruturas físicas de nossas escolas. São questões básicas, como rede elétrica e telhado. É difícil fazer um bom trabalho quando a escola tem que lidar com todos esses problemas. Estamos cientes de que esse também será um ano de muito enfrentamento, pois grande parte das pautas foram ignoradas pelo governo até agora – afirma a diretora geral do Núcleo do Cpers de Santa Maria, Dgenne Ribeiro.
Confira a matéria completa no site do Diário de Santa Maria: https://diariosm.com.br/noticias/educacao/mais_de_40_mil_alunos_voltam_as_aulas_nesta_segunda_feira_em_santa_maria.576352