Já está sob análise da Procuradoria Jurídica a denúncia protocolada, segunda-feira, na Câmara de Vereadores de Santa Maria contra o vereador Pablo Pacheco (Progressistas) e uma assessora parlamentar do seu gabinete. O denunciante alega que o vereador supostamente teria recebido doação referente a recursos do Auxílio Emergencial – programa do governo federal – para o fundo de campanha da sua candidatura em 2020. À época das eleições, a assessora atuava como coordenadora de campanha e teria sacado R$ 3,9 mil. O valor total é referente a oito parcelas recebidas entre maio e dezembro de 2020.

O material aponta, ainda, que, no mesmo período, a coordenadora de campanha teria realizado seis depósitos no valor total de R$ 2,4 mil para a campanha do então candidato a vereador, que posteriormente foi eleito. A mulher foi contratada, depois, como assessora de gabinete de Pacheco.

O documento da denúncia, feita por Luiz Henrique Oliveira, conhecido como Barburinho, filiado ao PDT, traz prints do site do governo federal com o nome da beneficiada, bem como as doações de campanha feitas por ela a Pacheco que constam no portal da Transparência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O denunciante também sugere, se comprovados os fatos, a abertura de processo de cassação do vereador. Ao Diário, Pablo Pacheco, que estava em viagem para Brasília ontem, rebateu as supostas acusações.

– Antes de tudo, é bom deixar claro que essa “denúncia” é um ataque político e tentativa de palanque na mídia. Chegou até a Câmara um documento com argumentos totalmente desconexos, tentando narrar uma história sem base jurídica.

Pacheco completou, argumentando que, antes dos fatos virem a público, não tinha conhecimento de que a assessora havia recebido o auxílio.

– Apesar de ela (assessora) estar afastada do gabinete desde novembro do ano passado, por estar fazendo quimioterapia, entrei em contato, e ela, prontamente, devolveu os valores recebidos. Da minha parte, nenhuma irregularidade foi cometida – afirmou o parlamentar.

O advogado que representa o vereador e a assessora, Daniel Tonetto, reiterou:

– Pablo é extremamente inocente e esses valores (do auxílio emergencial) já foram devolvidos.

Tonetto afirmou que tem, inclusive, os recibos da devolução do dinheiro ao governo federal, que serão juntados no processo.

Conforme o presidente do Legislativo, Valdir Oliveira (PT), após a análise da Procuradoria Jurídica, que deve emitir um parecer até a próxima terça-feira, serão avaliados quais serão os próximos encaminhamentos.