Apesar de promessa de reunir prefeito e sindicatos, Câmara aprovou reposição na tarde de ontem
A Câmara de Vereadores votou, na tarde de ontem, o Projeto de Lei que repõe em 6,41% o salário dos funcionários do município – incluindo servidores do Executivo, Legislativo, vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários. Embora o Sinprosm tenha ido à sessão para questionar sobre a promessa de votar a reposição apenas depois de uma reunião com Cezar Schirmer, os legisladores votaram o projeto normalmente.
Na terça-feira (5) o Sinprosm, articulado com o Sindicato dos Municipários, foi à Câmara de Vereadores pedir vistas ao Projeto de Lei da reposição. A reivindicação do sindicato docente era que a votação viesse associada também com o valor restante para que se chegasse ao reajuste do piso – que, neste ano, foi de 13,01%. Naquele dia, depois do relato de ambos as entidades de classe sobre a falta de diálogo com a Prefeitura Municipal, os vereadores prometeram que a votação da reposição deveria ocorrer apenas depois de se realizar uma reunião a ser realizada entre o poder legislativo, os sindicatos e Cezar Schirmer.
A prefeitura, entretanto, adiantou-se e chamou na manhã de ontem um encontro a portas fechadas com alguns vereadores. Um dos edis, que afirmou ter se recusado a comparecer à reunião com Schirmer, disse que o executivo reiterou que “o prefeito quer só vereadores” quando ele solicitou a presença dos sindicatos. Outro legislador afirmou a um professor presente na sessão que chegou a haver uma articulação para que o reajuste fosse votado ainda na terça-feira, após a saída do Sinprosm e dos Municipários.
O vereador Cezar Gehm, que é o líder do governo na Câmara, argumentou que a sessão de ontem era dedicada à votação da reposição salarial – isto é, a correção da inflação – e não do reajuste, que representa aumento real na remuneração. Sobre o pagamento dos 6,60% que faltam para atingir o reajuste de acordo com o piso, Gehm comprometeu-se em abrir uma pauta de negociações entre Sinprosm e o prefeito.